Wagner Romão falou ao Portal Porque, apontando necessidade de buscar entendimento dentro da Câmara

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Ao iniciarem nesta segunda-feira (03/02), a participação nas sessões ordinárias da Câmara Municipal, os seis vereadores oposicionistas eleitos já sabem que vão enfrentar obstáculos na apresentação de projetos e no encaminhamento de denúncias contra a administração comandada por Dário Saadi (Republicanos).
Base tomou Comissões da oposição
A dificuldade inicial surgiu na formulação das Comissões Permanentes, em que foi registrada a perda de presidências das áreas de Educação e de Direitos Humanos. No caso da educação, o comando ficará com o vereador Benê Lima, do PL, nitidamente ligado a pautas bolsonaristas. Nos Direitos Humanos e Cidania, Carmo Luiz (Republicanos) será o presidente.
Gustavo Petta, do PC do B, adverte que a conjuntura produziu distorções na distribuição da presidência das comissões, o que acarretou em derrotas a bancada oposicionista e que não ocorreram em outras legislaturas.
“A base do governo não respeitou o conceito de proporcionalidade na composição das comissões. Por mais que isso esteja sido respeitado na parte da composição por membros, isso não foi respeitado na presidência, como na maioria das outras vezes”, apontou Petta.
Segundo Petta, essa avant-premiere projeta um quadro de dificuldade de atuação durante a legislatura. “Isto demonstra uma postura autoritária, sectária e vai aumentar a tensão já no início desse ano legislativo”, disse Petta. “Vamos usar os instrumentos que a gente tem, mas é de se lamentar que não tenha ocorrido um bom senso na eleição dos presidentes das comissões”, disse Petta.
“Luz no fim do túnel”
Outro parlamentar vislumbra uma luz no fim do túnel, tanto para emplacar as pautas de interesse da bancada de oposição como para buscar o entendimento no plenário.
“É claro que existe um predomínio dos partidos de direita na Câmara, mas eu penso que não dá para definir exatamente (o quadro) a partir dos partidos políticos”, afirma o vereador Wagner Romão, parlamentar do Partido dos Trabalhadores (PT).
Romão aponta que muitos vereadores eleitos pelo PL possuem uma agenda de extrema-direita e que são colocados nos debates. Mas o quadro, segundo Romão, não é generalizado.
“Existem pessoas dentro do PL e do próprio Republicanos, que possuem uma dimensão mais de centro, de centro-direita e um posicionamento de diálogo de negociação”, pontuou o vereador.
Vereadora de primeiro mandato, Fernanda Souto, do Psol, não renega as dificuldades presentes nesta legislatura, mas sua expectativa é que tudo seja superado. “Já imaginávamos o tamanho do desafio que nós iríamos enfrentar, principalmente com a preocupação de manter uma representação nas comissões que vão analisar projetos, emendas e proposições de um trabalho de independente do executivo, como deve ser o trabalho do vereador”, disse a parlamentar.
Fernanda Souto aposta que a oposição fará a diferença no plenário. “Nós temos uma bancada com parlamentares muito qualificados e comprometidos, que vão trabalhar para garantir que o debate público seja feito de forma independente e garantir o trabalho de fiscalização, que deve ser um trabalho do legislativo e elaborar proposições para resolver questões que são importantes na vida dos cidadãos de Campinas”, completou.
Informações: Portal Porque
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