MP investiga devastação em área de compensação ambiental na Av. Joaquim Payolla

Compensação ambiental foi determinada em área de linhão (Foto: Gabinete WR)

O Ministério Público abriu um Inquérito Civil para apurar irregularidades relacionadas ao corte de árvores na Avenida Joaquim Payolla, no Jardim Nova Europa. Ao todo, 186 árvores foram alvo de intervenção, muitas delas removidas pela CPFL, o que levantou questionamentos sobre falhas na gestão ambiental da Prefeitura.

A avenida tem duas particularidades que tornam o caso mais complexo. Desde 1994, a via abriga uma linha de transmissão de energia da CPFL, o que impõe normas rígidas para o plantio de árvores. Apesar disso, em 2015, a Prefeitura e um residencial do Swiss Park firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de compensação ambiental, prevendo o plantio de mais de 90 árvores justamente na área sob restrições técnicas.

O resultado foi contraditório: a Prefeitura autorizou o plantio sem consulta técnica prévia e, posteriormente, a CPFL alegou risco à rede elétrica e promoveu os cortes. O cenário gerou desperdício de recursos públicos, destruição de áreas verdes e frustração da comunidade local.

No processo, a CPFL afirmou que as árvores possuíam porte inadequado para a proximidade da rede, colocando em risco a segurança e a continuidade do fornecimento de energia. Já a Prefeitura declarou que a compensação ambiental foi cumprida e que não cabe ao município a reposição das árvores removidas.

A Promotoria, porém, entende de forma diferente. Segundo o Ministério Público, houve erro da Prefeitura ao indicar a Avenida Joaquim Payolla como área de compensação ambiental sem avaliação técnica. Por isso, determinou que o Município é responsável pela reparação do dano ambiental.

Com esse caso vimos:

1. que a avenida teve uma compensação ambiental que nunca foi de verdade.

2. árvores plantadas apenas para cumprir burocracia e depois arrancadas sem qualquer responsabilidade

3. descaso com o verde, com o bairro e com a cidade 

Agora vamos acompanhar o inquérito e cobrar para que a Prefeitura assuma sua responsabilidade e repare o dano ambiental!