Visita ao DPBEA escancara precariedade com o tratamento aos animais em Campinas; cobramos respostas
- Wagner Romao Gabinete
- 7 de ago.
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Atualizado: 8 de ago.

Após denúncias encaminhadas ao gabinete, visitamos, durante o recesso parlamentar, a sede do DPBEA (Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal) de Campinas e nos deparamos com uma realidade alarmante de abandono e descaso.
Os animais estão amontoados em condições insalubres. Gatos doentes, alguns com FIV e FELV, permanecem isolados, à beira da morte. Cães vivem confinados em canis deteriorados, cercados por infiltrações, erosões no solo, problemas elétricos e uma estrutura que não atende às necessidades básicas de bem-estar animal.
O DPBEA tem como missão acolher animais vítimas de maus-tratos, abandono, atropelamentos e outros tipos de violência ou acidentes. No entanto, o que encontramos foi um ambiente extremamente precário, herdado do antigo Centro de Controle de Zoonoses, que em nada se assemelha a um espaço de cuidado e recuperação.
A situação dos trabalhadores também é grave: atuam sem equipamentos de proteção, sem estrutura clínica adequada e com uma equipe extremamente reduzida. Apenas dois veterinários se revezam nos turnos, sem conseguir oferecer atendimento integral diante da crescente demanda.
Esse é o único espaço público de acolhimento de animais em Campinas. A Prefeitura prometeu a criação de um Centro de Integração Animal, mas, até agora, a única “solução” apresentada tem sido a transferência dos animais já tratados para o município de Mairinque, a mais de uma hora de distância.
Diante disso, cobramos providências da Prefeitura e solicitamos esclarecimentos sobre os projetos de reforma da unidade, os diagnósticos clínicos realizados, a infraestrutura disponível para exames, os dados sobre a demanda atendida e reprimida, além de informações sobre o contrato com o abrigo terceirizado em Mairinque, onde atualmente estão cerca de 400 animais encaminhados pela administração municipal.
Também questionamos a existência de um plano de ação para garantir atendimento veterinário 24 horas, a disponibilização de equipamentos de proteção individual aos trabalhadores e o andamento da implantação do Centro de Integração Animal, com envio de projeto, cronograma e fontes de financiamento.
“O abandono institucional que vimos não é compatível com uma cidade que se propõe a ter políticas públicas de proteção animal. Queremos respostas concretas e soluções estruturais”, afirma o vereador Wagner Romão.








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